Meio Ambiente

Nuvem funil é registrada sobre a Serra do Lajeado e chama atenção de palmenses; VÍDEO

Nuvem funil é registrada sobre a Serra do Lajeado e chama atenção de palmenses; VÍDEO

Uma formação atmosférica curiosa intrigou moradores de Palmas na tarde desta segunda-feira, 25. Uma nuvem em formato de funil, registrada pelo engenheiro agrônomo Rodolfo Rios, foi vista a partir de um prédio, pairando sobre a Serra do Lajeado. O fenômeno, que pode ser precursor de eventos mais intensos em determinadas condições, é raro na região e gerou discussões nas redes sociais sobre sua origem.

O que é uma nuvem funil?

As nuvens funis, ou funnel clouds, são estruturas em forma de cone que se desenvolvem a partir de uma base de nuvem cumuliforme, geralmente do tipo cumulus ou cumulonimbus. Elas surgem devido à presença de um redemoinho de ar visível, formado por condensação, mas que não chega a tocar o solo.

Apesar de seu aspecto similar ao de tornados, as nuvens funis não representam perigo imediato enquanto não entram em contato com a superfície. Caso isso ocorra, elas podem dar origem a tornados ou trombas d’água, dependendo do local onde tocarem o solo ou a água.

Como as nuvens funis se formam?

A formação dessas nuvens está diretamente relacionada à combinação de fatores atmosféricos, como:

  1. Instabilidade atmosférica: Presença de ar quente e úmido na superfície que encontra camadas de ar mais frio.
  2. Correntes ascendentes intensas: O ar quente sobe rapidamente, criando uma rotação em resposta a diferenças de pressão.
  3. Condições específicas de vento: A interação entre ventos de diferentes direções ou velocidades gera o movimento de rotação necessário para formar o funil.
  4. Alta umidade: Condições que permitem a condensação do vapor de água, tornando visível o redemoinho de ar.

No caso da nuvem funil observada sobre a Serra do Lajeado, é provável que o relevo da serra tenha contribuído para intensificar as correntes de ar ascendentes, criando condições ideais para o fenômeno.

Um evento raro na região

“Raro, mas não tão comum. O mecanismo produtor de chuvas na nossa região é composto por muita energia, e os fatores termodinâmicos são muito expressivos nesta época do ano (calor e a alta umidade atmosférica). E esse tipo de.nuvem (Cumulus ninbus) é o principal responsável pelas chuvas torrenciais no período chuvoso”, explicou o meteorologista e professor da Universidade do Tocantins (Unitins), José Luis Cabral.

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Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins