Tocantins

Operação gera mal estar entre ex-governadores: Carlesse joga para Miranda que reage: "não existe um documento que mostre esse processo no nosso governo”

Operação gera mal estar entre ex-governadores: Carlesse joga para Miranda que reage: "não existe um documento que mostre esse processo no nosso governo”

O ex-governador Marcelo Miranda (MDB) manifestou revolta e indignação diante das declarações de Mauro Carlesse, que tentou responsabilizá-lo pela suposta fraude em licitação investigada pela Operação Timóteo 6:9, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira, 26.

À Gazeta do Cerrado, Miranda repudiou as alegações de Carlesse, afirmando que não existe “um único documento ou folha de papel” que comprove o início do processo licitatório durante sua gestão. “Portanto, eu acho que nesse momento agora só cabe ao ex-governador explicar essa questão desse processo”, disse Marcelo.

Operação Timóteo 6:9

A Operação Timóteo 6:9 investiga supostas fraudes em licitação relacionadas à extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Tocantins, com contratos que somam R$ 10 milhões. Carlesse, que era presidente da Assembleia Legislativa até março de 2018, assumiu o governo do estado interinamente após a cassação de Miranda e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV), e foi reeleito no mesmo ano.

A operação realizada pela Polícia Federal mobilizou cerca de 100 agentes, que cumpriram 30 mandados de busca e apreensão em Palmas, Gurupi e Dianópolis. Entre os bens apreendidos, estava um Camaro de luxo, localizado no condomínio onde o ex-governador Mauro Carlesse reside em Palmas.

Carlesse alegou que a licitação sob investigação foi iniciada durante a gestão de Marcelo Miranda, porém, este negou veementemente qualquer envolvimento, destacando que Carlesse deveria esclarecer as questões relacionadas ao processo.

O processo licitatório em questão visava a contratação de uma empresa especializada na locação de máquinas pesadas e caminhões, além de prever o fornecimento de combustível e a manutenção de equipamentos para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto). A operação busca esclarecer as possíveis irregularidades que ocorreram durante o ano de 2018, quando Carlesse já havia assumido o governo do estado.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins