Polícia

Professor preso por dar suposto 'chá' com sêmen para alunas vai responder por violação sexual mediante fraude

A prisão e as investigações começarão em 25 de abril após uma aluna denunciar o caso

Hallan Richard Morais foi preso suspeito de oferecer bebida com o próprio sêmen para alunas — Foto: Reprodução
Hallan Richard Morais foi preso suspeito de oferecer bebida com o próprio sêmen para alunas — Foto: Reprodução

A Polícia Civil encerrou as investigações e indiciou o professor de canto Hallan Richard Morais da Cruz por violação sexual mediante fraude. Ele foi preso no final de abril após dar um suposto ‘chá’ com sêmen para alunas beberem, afirmando que o líquido iria melhorar a garganta e cordas vocais.

Segundo o Ministério Público, o inquérito foi finalizado pela Polícia Civil no dia 3 de maio e está em análise na 2ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional. Foi solicitado um posicionamento à Defensoria Pública, que faz a defesa do professor, mas até a publicação desta reportagem ela não apresentou uma resposta.

Entenda o caso

Hallan foi preso no dia 25 de abril deste ano em Luzimangues, Distrito de Porto Nacional. O caso foi denunciado para a polícia após uma das alunas perceber que o líquido havia sido alterado. Após ser preso, o suspeito chegou a confessar o crime, segundo a Polícia Militar.

Conforme as investigações, o professor colocava sêmen em uma espécie de chá para dar às alunas, alegando que o líquido melhoraria a garganta e as cordas vocais. Ele ainda teria filmado as vítimas ingerindo o líquido.

No dia seguinte à prisão, o irmão do professor foi até a Central de Antendimento à Mulher e entregou um aparelho HD externo aos policiais. Segundo o termo de declaração, o professor aparentemente armazenava os vídeos das alunas ingerindo o suposto ‘chá’ com sêmen no HD.

No dia 27 de abril, o professor ou por audiência de custória e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão foi assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva, do plantão de 1º instância do Tribunal de Justiça do Tocantins.

Apesar de o professor ter afirmado durante audiência de custódia que não respondia por outro crime, a Polícia Militar e a Justiça apontaram que Hallan Richard já é investigado por um suposto estupro de vulnerável. Os crimes ocorreram nos anos de 2018 e 2020. Ele foi flagrado se masturbando em um ônibus de transporte coletivo e também é acusado de ar a mão no corpo de uma criança de 10 anos.

Após o caso ganhar repercussão, a família de Hallan publicou uma nota de repúdio contra ele nas redes sociais. A declaração foi divulgada na manhã do dia 27 de abril.

“Em razão da prisão de Hallan Richard, ocorrida em 25/04/2025, seus familiares manifestam publicamente seu total REPÚDIO a toda e qualquer conduta ilícita a ele imputada e confiam no Poder Judiciário para que, comprovada a autoria e materialidade dos fatos, haja a devida responsabilização”, diz trecho da nota.

Nas redes sociais, o professor publicava vídeos tocando instrumentos musicais e cantando em igreja. Em vídeos publicados pelo suspeito em uma rede social, ele aparece tocando bateria, guitarra e violão, além de cantar com mulheres.

Fonte: g1 Tocantins