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Condições de Alimentação em Unidade Penal é alvo de denúncia; Secretaria afirma que situação foi regularizada

Condições de Alimentação em Unidade Penal é alvo de denúncia; Secretaria afirma que situação foi regularizada

A Gazeta do Cerrado recebeu uma denúncia relatando problemas na alimentação fornecida na Unidade Penal de Augustinópolis, no Bico do Papagaio. De acordo com as reclamações, a comida estaria sendo servida de forma inadequada, com alimentos quase crus, além de frutas expostas a roedores, o que pode representar risco de contaminação e doenças. Também há relatos de presença de moscas e baratas nos freezers utilizados para armazenamento.

A denúncia também foi protocolada junto ao Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO).

As reclamações ainda apontam possível superfaturamento na alimentação fornecida, alegando que a quantidade registrada como entregue seria superior à efetivamente distribuída aos detentos e servidores. Além disso, há suspeitas de irregularidades no contrato da empresa responsável pelo fornecimento das refeições.

Segundo as acusações, a empresa estaria utilizando um espaço dentro da própria unidade prisional, pagando um valor aos presos para que trabalhem na cozinha e utilizando água custeada pelo Estado, sem ar por um processo licitatório – o que violaria a Lei 3.667/2020 e poderia configurar dano aos cofres públicos.

Seciju se manifesta

Em nota à Gazeta, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), responsável pelo sistema prisional, afirmou que as demandas apresentadas ao Ministério Público já foram devidamente atendidas e que a situação na unidade está regularizada.

A Seciju esclareceu que a alimentação servida na unidade é fornecida pela empresa LLL Alimentação Ltda., subcontratada da Vogue Alimentação e Nutrição Ltda. No dia 16 de março, segundo a secretaria, foi constatado que a empresa serviu carne de frango mal ada, mas as marmitas foram imediatamente substituídas, e a empresa recebeu uma notificação para tomar providências sobre o caso.

Sobre as denúncias de condições precárias de armazenamento, a Seciju informou que a unidade ou por inspeção da Vigilância em Saúde do Município, a pedido da própria chefia da unidade, e que a empresa responsável pela alimentação também é responsável pela manutenção da higiene do espaço.

A secretaria também se manifestou sobre os valores pagos à empresa, afirmando que o acréscimo registrado está previsto no contrato. O reajuste teria sido necessário devido ao aumento do número de policiais penais de outras unidades trabalhando no local, o que gerou a necessidade de mais refeições. A empresa teria assumido a alimentação desses servidores adicionais, justificando o ajuste nos valores pagos.

Por fim, a Seciju reafirmou seu compromisso com a transparência e a qualidade dos serviços prestados no sistema prisional, garantindo que as fiscalizações continuam para assegurar o cumprimento dos contratos e a dignidade das pessoas privadas de liberdade.

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins Assessor de Imprensa do SENAI Tocantins