A APAN – Associação de Profissionais do Audiovisual Negro – marca presença na edição 2025 do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), que acontece entre os dias 10 e 15 de junho, em Goiás, reforçando seu compromisso com a valorização das narrativas negras e a formação de profissionais no audiovisual. Presente em diversos territórios do país, a APAN amplia sua atuação na região Centro-Oeste, levando ao festival uma programação formativa e de reflexão, totalmente gratuita, que conecta cinema, meio ambiente, território e identidade.
O evento é pioneiro nos festivais de cinema ambiental no Brasil e no mundo. Nesta edição, o tema “Cerrado: a savana brasileira e o equilíbrio do clima” chama atenção para a urgência de proteger o bioma, sua biodiversidade e seu papel fundamental no equilíbrio climático. Em um cenário em que os impactos ambientais, sociais e raciais estão diretamente interligados, a presença da APAN no evento reafirma que justiça climática também a por justiça racial e pela construção de narrativas que representem a diversidade dos povos que habitam e protegem esses territórios.
“A presença da APAN no FICA pelo segundo ano consecutivo reforça nosso compromisso com a descentralização das formações e o fortalecimento das narrativas negras no país. É simbólico e necessário estarmos no Centro-Oeste, lembrando que existem corpos negros produzindo cinema na região. Nossa atuação no festival reafirma que justiça climática também a pela justiça racial e pela valorização das histórias que nascem e resistem nesses territórios.” declara Raylson Chaves, conselheiro da região centro-oeste da Apan.
Dentro dessa perspectiva, a programação da APAN no FICA reúne ações gratuitas e abertas ao público que fortalecem a formação e circulação de profissionais negros no audiovisual. O Laboratório de Roteiro “Fundamentos da escrita de roteiro”, o Estudo de Caso do curta “Mansos” – desenvolvido no Lab Negras Narrativas – e o “Narrativas Negras na Região Centro-Oeste” são espaços de troca, aprendizado e reflexão sobre como nossas histórias se conectam com o território, com o meio ambiente e com os desafios contemporâneos da comunicação.
Confira a programação completa:
Laboratório de Roteiro – “Fundamentos da escrita de roteiro”
11 a 13 de junho (manhã)
Ministrante: Francine Barbosa
Carga horária: 8h (3 dias)
Resumo: A oficina oferece uma introdução aos principais elementos do desenvolvimento de projetos audiovisuais, ando por temas como construção de personagens, trama, sinopse, argumento, escaleta, cena e diálogos. A proposta é oferecer ferramentas fundamentais para que os participantes desenvolvam seus próprios projetos autorais.
Estudo de Caso – “Lab Negras Narrativas – Mansos”
12 de junho, das 14h às 16h
Ministrante: Juliana Segóvia
Carga horária: 2h
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Resumo: Juliana Segóvia compartilha os bastidores e o processo criativo de desenvolvimento do curta “Mansos”, que ou pelo Lab Negras Narrativas (LNN), projeto da APAN voltado para o fortalecimento de roteiristas negras e negros. A atividade complementa o laboratório de roteiro, mas é aberta ao público em geral.
– “Narrativas Negras na Região Centro-Oeste”
13 de junho, das 14h às 16h
Participantes: Roger Martins, Rochelle Silva (Favera Festival), Gabriel Newton (Estratos Filmes) e Juliana Segóvia (Quariterê)
Mediação: Raylson Chaves (APAN Centro-Oeste)
Carga horária: 2h
Resumo: O discute os desafios, potências e estratégias para a construção e circulação de narrativas negras no Centro-Oeste. Com olhares diversos, os convidados compartilham suas trajetórias e reflexões sobre produção audiovisual, território, identidade e futuro.
Sobre a Associação de Profissionais do Audiovisual Negro
A Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) é uma organização brasileira que atua no fortalecimento de profissionais negros no setor audiovisual. Fundada em 2016, a entidade promove formações, laboratórios, festivais, redes de apoio e ações de incidência política com foco na equidade racial, democratização do o aos meios de produção cultural e valorização das narrativas negras. A APAN é hoje uma das principais referências em audiovisual negro no Brasil e na América Latina.
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